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quarta-feira, 28 de março de 2012

No momento do essencial...

31+ Great Iconic Photos from History - Don't miss these pics !!!!! | funbazaar.com

...o supérfluo desaparece.

Ou melhor: o exterior, como a pele, deixam de ter significância quando aquilo de que se trata é urgente.

Será que, de facto, os preconceitos que nos dominam são verdadeiramente importantes?

domingo, 15 de janeiro de 2012

29. Carta à pessoa que queres contar tudo, mas estás demasiado receoso/receosa

Em seguimento de masoquismo ou culto próprio?.


        O coração aperta e aquece todo o corpo. Lembra-me a sensação de estar apaixonada, mas, na verdade, talvez não seja por isso. A melancolia abala-me, e eu sei que algo está errado. Ou será que aperta porque, ao pensar no que me entristece, lembro-me do que sinto falta?
     Por vezes, confundo a realidade com a ficção. Imagino acontecimentos, personagens, e esqueço-me do que, de facto, acontece. Vivo a ficção que a minha imaginação produz e sinto-a como se fosse real. Igualmente, quando certos acontecimentos ocorrem na realidade, menosprezo-os e não os consigo sentir. Isso prejudica-me na realidade.
     Costumo sentir saudades de quando isto não acontecia -- dos tempos em que existia realidade, e só realidade, e eu era apenas prejudicada por estar nela. Mas isso, na verdade, nunca aconteceu. Eu sempre vivi a ficção e a realidade, e sempre confundi um e outro cenário. A diferença entre o passado e o presente (e esse? Existe?) é que agora eu tenho noção disto -- e outrora não. Agora eu consigo aperceber-me do que se passa comigo. Antigamente, eu poderia jurar que tudo aquilo era realidade -- e, para mim, era.
        Se, então, eu sei o que me está a acontecer e isso me prejudica, por que não o mudo? Eu já provei no passado ser capaz de alterar a ordem das coisas e, inclusivamente, mudar o meu comportamento, quando achava que o devia fazer. A grande oposição é: eu não sei se o quero fazer. Eu não quero trocar as cores de um mundo por um mundo que não me faz feliz.
        Eu não quero continuar no compromisso de atividades que não me dizem nada e que me fazem deixar para trás o que me faz deslizar de satisfação. Quero continuar a acordar todos os dias com a motivação de ser um novo dia, com oportunidades para fazer novas coisas, sem lamentar o frio que está lá fora ou as horas de sono que não dormi. Não quero continuar a acordar todos os dias e pensar que adorava não ter de sair da cama. Estou farta deste ritmo que o mundo me impõe, mas que em nada é meu. Quero partilhar com os outros as coisas que sei e, com os outros, aprender novas coisas. Quero continuar a escrever com a paixão de um amor gigante. Quero deixar de fazer batuques discretos com os meus dedos e tocar, efetivamente, um piano. Quero sujar as telas e as folhas com tintas e carvão. Quero viver com a pessoa que mais amo numa casa discreta no meio da floresta. Ultrapassar esta insetofobia que, irracionalmente, me bloqueia e voltar às raízes de toda a humanidade, à simplicidade tão pura e sincera que originou toda esta comunidade corrupta. Porque sim, eu encontrei alguém que me ama assim, com quem quero partilhar toda a minha vida. Alguém que não só conhece toda a minha estranheza, como também a acha bela. Tenho excelentes amigos, acredita, que também gostam de mim, assim como sou. Sempre duvidaste de haver por aí alguém que fosse, mas essa dúvida não era pelas outras pessoas, mas sim apenas tua. Tu nunca aceitaste os mais pequenos indícios da pessoa que eu poderia ser e nunca aceitarás que eu seja como sou. Nunca serás capaz de amar quem eu sou e, portanto, não compreendes como é possível que mais alguém o seja. Tens os olhos cheios de preconceitos que te impedem de ver para além do físico. Eliminas, logo à partida, qualquer hipótese de ser positivamente surpreendido.
       Gostava de ter o conforto monetário que me permitisse quebrar todas estas regras que me prendem a um mundo cheio de stress. Mas então surgem os meus conhecimentos de economia a relembrar-me de que o dinheiro não aparece, nem desaparece, apenas muda de local -- e que, para eu conseguir ter muito dinheiro e realizar estes meus sonhos, é preciso que, à minha conta, haja muitas pessoas que ficam longe de saber o que é sequer sonhar. E eu sei que, mesmo que eu não contribua para tal, há-de haver sempre alguém que o faça. Mas eu não quero ser essa pessoa. Não quero ser também culpada pelas injustiças que me revoltam. Não quero matar a beleza que encontrei dentro de mim.
       Mas eu sei que não sou a única a sentir estas coisas e a sonhar desta forma. Pelo contrário, tal como eu, há-de haver muita mais gente que, aparentemente, não tem nada de errado, mas que, no fundo, gostava de continuar a ser criança. Por que têm de ser as crianças sempre a única referência de quem corre, ri, brinca, festeja, é sincera e espontânea, canta e dança? Pois eu não quero crescer, não nesse aspeto, e deixar de ser feliz. E eu sei, eu tenho a certeza, que a maioria esmagadora das pessoas sente esta mesma insatisfação dentro de si. Por que, então, não nos unimos todos e nos revoltamos contra este mundo que corrompe as almas?

Soul Meets Body by ~CARUTOS on deviantART

domingo, 8 de janeiro de 2012

A Filha do Rei II

Em continuação d'A filha do Rei I.

    Não. Constança não era assim. Constança achava que a janela através da qual tinha vista para a origem da vida era a moldura mais bela que alguém poderia ostentar e, por isso, orgulhava-se em tê-la no seu quarto, a um metro da sua cama. Era-lhe sempre agradável não seguir os conselhos de Haleema, a aia de quem era mais próxima, e dormir de janela aberta. Quando a vinham chamar para a acordarem, já os galos tinham ajudado o vento a acordar Constança. Aquela brisa sempre fresca no seu rosto fazia-a inspirar fundo assim que abria os olhos e encarava um Sol tímido por detrás do habitual nevoeiro. Imediatamente, libertava um pequeno sorriso e esticava os braços, de punhos fechados, salientando o seu peito, como que numa exibição de recompensa à Natureza pelo bem estar provocado. De seguida, levantava o tronco e ficava, naquela tranquilidade matinal, a observar o mais real quadro que alguma vez tinha visto, deixando que a pureza dos campos a fortalecessem. Por vezes, ficava a ver os tecidos da sua cama de dossel voarem em coreografias místicas, em tons de azul, cinzento e branco.
     Acordar tão cedo quanto o Sol é que não era duma princesa, por isso sempre esticava os cobertores da cama, vestia uma capa quente, puxava o cabelo para o lado, saía do quarto, fechava cuidadosamente a porta de madeira e descia, sorrateiramente, a escadaria de pedra, para que não se apercebessem de estar a tomar a iniciativa de fazer o que uma pessoa ordinária faria, não tendo o seu estatuto. Constança achava que a única coisa extraordinária ali era a porcaria do estatuto, que lhe fora conferido sem ela ter responsabilidade de tal. Por isso, agia consoante o que queria e desejava, tanto às claras, como às escondidas. Ao chegar a cada piso de baixo tinha de se esconder e potencializar a sua audição e a sua visão, a fim de encontrar algum guarda sonolento que rondasse o castelo, mandado pela mãe, à procura da rebeldia da filha. Dulce chegara a ordenar a um guarda que ficasse de plantão no exterior da porta do quarto da filha, mas este, ao segurar Constança, levara um murro na cara, que lhe partira dois dentes da frente, e uma forte joelhada na zona sensível. D.ª Dulce Berenguer de Barcelona, como assim era chamada a mulher que lhe tinha dado a vida, mas não o leite, chegou a discutir consigo, mas sentiu-se mais intimidada do que a filha, que lhe apontou o indicador e jurou não deixar que a inibissem a esse ponto.
     Ao chegar ao rés-do-chão, caminhava apressadamente para a porta da cozinha, no fundo da divisão. As cozinheiras sentiam-se embaraçadas, largavam prontamente tudo o que tinham nas mãos, fechavam-nas no colo e baixavam as cabeças. Inicialmente, Constança tentava deixá-las mais à vontade, mas ao ver que eram as próprias criadas que persistiam em se autodiscriminar, não lhes dava importância e seguia o seu caminho, pela porta das traseiras. Aí, sentava-se no degrau que havia antes de pisar a terra relvada e contemplava o trabalho dos humildes senhores que só não estavam no seu lugar pelo azar de terem nascido das mulheres erradas, que lhes tinham dado a vida e o leite. Um moço, de calças arregaçadas e roupas encardidas pelo tempo, logo aparecia, com um balde com água. Era Martim, o filho do padeiro, e sempre lhe tinham encarregue o transporte dos alimentos. Tinham-se conhecido numa das vezes em que Constança agredira Afonso, por este ridicularizar os agricultores. Martim estava a par dos rumores e do pânico que a filha do Rei causava e ficava curioso de a ver. Constança tinha sido puxada pelo braço até à cozinha por uma das aias, que a repreendeu por agir como uma vândala. Assim que a aia saiu, Constança deitou-lhe a língua de fora e cruzou os braços, só os tendo descruzado para ir ter com Martim, escondido fora da porta, que a chamou e lhe disse que ela era um máximo. Desde então, tornaram-se grandes cúmplices e criaram um laço muito forte e um dos mais raros da Corte, a que Constança chamava de verdadeira amizade. E ali estava ele, sempre disposto a trazer-lhe a água que Constança agradeceria com um sorriso e um piscar do olho direito e levaria para o seu quarto, onde se lavaria e vestiria um dos seus vestidos.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Mostrem ao racismo o cartão vermelho!

     O racismo é uma perspetiva transformada numa atitude que não é aceitada numa sociedade tão liberal, que está baseada nas ideias dos filósofos iluministas do século XVIII.
     De facto, estes filósofos tinham razão quando diziam que as pessoas eram todas as mesmas quando "despidas das suas vestimentas". Na minha opinião, não há motivos para discriminar alguém pela sua cor de pele, uma vez que as pessoas não têm a capacidade de escolha das suas caraterísticas físicas quando nascem. A etnia, por si própria, nem sequer é reconhecida nas caraterísticas do ADN.
     O que realmente importa na análise das pessoas é a sua mente -- a sua mentalidade, os seus valores, a sua personalidade. É isto que as pessoas racistas esquecem -- elas esquecem os valores. Elas simplesmente olham para alguém e identificam essa pessoa imediatamente como uma assassina, uma ladra, uma prostituta ou qualquer outro tipo de má pessoa. Isso é nada mais, nada menos do que um "pré-conceito" -- e, tal como todos os preconceitos, altamente falível.
     Eu não quero dizer que as pessoas racistas estão necessariamente erradas quando julgam pessoas de diferentes etnias. O que eu realmente quero dizer é que estão necessariamente erradas quando julgam etnias, porque o facto de alguém ser duma etnia diferente não significa que essa pessoa seja  má. Significa que é diferente, unicamente.
     Este erro acontece por causa da forma dos preconceitos. Os preconceitos são sempre concebidos por indução, que é um tipo de conclusão que generaliza casos particulares. Por outras palavras, as pessoas racistas conhecem alguns casos de pessoas más de etnias diferentes e culpam toda a etnia, discriminando qualquer pessoa dessa mesma etnia. Por eles não conhecerem essa pessoa e a julgarem imediatamente como má, isto é, na minha opinião, pura ignorância e, consequentemente, para rejeitar.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Christina Aguilera: Stripped


Intro

Waited a long time for this.
It feels right now.
Allow me to introduce myself.
Want you to come a little closer,
I'd like you to get to know me a little bit better.
Meet the real me.

Sorry, you can't define me.
Sorry, I break the mold.
Sorry that I speak my mind.
Sorry, don't do what I'm told.
Sorry if I don't fake it.
Sorry I come so real.
I will never hide what
I really feel,
No way!

So, here it is:
No hype, no gloss, no pretense -
Just me
,
Stripped.



Pt. 2

Sorry if I ain't perfect,
Sorry, I don't give a - what?
Sorry, I ain't a diva.
Sorry just know what I want.
Sorry, I'm not a virgin,
Sorry, I'm not a slut.
I won't let you break me,
Think what you want.

To all my dreamers out there: I'm with you.
All my underdogs - ha! - I feel you.
Lift your head high and stay strong.
Keep pushing on.

sábado, 3 de dezembro de 2011

A filha do Rei I

      Naquela manhã, o azul era fresco. Húmido, devido ao poder de absorção dos jardins.
    Constança abrira as janelas grandes e verticais do seu quarto. As cortinas esvoaçavam para dentro do quarto, animadas pela brisa cantante que fluía no ar. Para a melhor ouvir, fechou os olhos, com um sorriso leve, de quem sonha com algo agradável. Ao inspirar fundo, sentiu a cultura da sua terra ser absorvida por si, detetando o aroma a musgo. Daquela forma, pôde sentir os humildes senhores do povo, enquanto lavravam, pela matina, as couves que as cozinheiras lavariam e cozeriam, para si e para a sua larga família. Uma família que não lhe significava muito, pela escassez de sentimento profano.
     Constança não era assim, como os seus irmãos. O seu único irmão mais velho, Raimundo, havia morrido quando ela tinha sete anos. A sua morte sempre lhe foi um mistério. Mas Constança nunca tinha gostado muito do irmão. Este, por ser o sucessor natural da Coroa, havia sido sempre muito mimado, e havia-lhe sido incutido o espírito de que deveria ser forte, tal como um cavaleiro, para prosseguir na expansão do território do Reino. Por isso, nunca havia brincado com a irmã mais nova, porque um Rei não brinca com as meninas. Isso seria sinal de fraqueza.
     As suas duas irmãs mais velhas, Teresa e Sancha, eram muito boas raparigas. Dóceis, nunca a haviam tratado mal. Mas ambas eram muito corretas, excessivamente, na opinião de Constança, boas. Não tinham o desplante de correr pelos campos, sujar os vestidos, oferecer flores aos camponeses e aos escravos. Teresa sempre ambicionara ser uma boa senhora e nela se depositaram os valores de castidade e superioridade real. Sancha não era tão pragmática, mas era muito calma. Não olhava Constança com desdém, quando a via rir e cantar, mas sorria solenemente -- e prosseguia na leitura dos grandes livros religiosos. Constança sempre a achara muito dogmática, muito correta e harmoniosa. Admirava a sua tolerância, mas a irmã parecia-lhe uma pessoa fúnebre, intelectualmente falando.
    Tivera mais quatro irmãos e duas irmãs. Afonso e Pedro tinham o caráter elitista de Raimundo e, por isso, nunca lhe deram atenção. Nem ela quisera a atenção de rapazes que se julgam melhores do que as senhoras. Olhava-os com desprezo quando os via competir entre si, para ver qual o melhor governante. Uma vez por outra, discutia e gritava com eles, quando os via atirar tomates aos camponeses que trabalhavam a terra. As aias vinham acudir, que a menina está louca.
    Fernando nascera em Noyon, aquando da visita à comuna francesa. Constança tinha, na altura, seis anos. Lembra-se, ainda hoje, de ver o defunto irmão a passar pelos senhores (que, na opinião de Constança, eram isso mesmo: senhores) que trabalhavam na reconstrução da catedral, que havia sido incendiada, e dizer, com ar presunçoso, que não faziam mais do que a sua obrigação. Ao ver o cocheiro abanar a cabeça, descontente, Constança disse, contrariamente, que estavam a ser úteis ao seu Reino. O pai interveio, reforçando o ponto de vista da filha, alegando que era necessário fortalecer as obras públicas, de modo a que a população ficasse bem alojada e, assim, não se sentisse descontente com o Rei. De imediato, a mãe findou a conversa, porque uma menina não se deveria interessar com essas coisas. Teresa soltou um guinchinho malicioso e Raimundo esboçou um sorriso afetado. Isso permitiu a Constança refletir que talvez fosse por aquilo que o pai era chamado de o Povoador.
    O quinto e último filho da Corte fora Henrique. Nasceu em 1189, no ano da morte de Raimundo. Constança sempre tivera a esperança de que este irmão fosse melhor do que o perdido, mas, infelizmente, este sempre fora muito apático e melancólico. Raramente o via pelo Castelo, e, quando o via, parecia estar sempre de saída, sem, vez alguma, conversar muito.
    Constança tivera mais duas irmãs, Branca e Berengária. Porém, as irmãs nunca se misturaram muito com ela, tendo sido as bonecas de brincar de Teresa. Rapidamente, começaram a parecer-se a ela e a adotar os seus hábitos presunçosos.
    Soube-se, ainda, da ajuda financeira que o pai dera a mais cinco crianças de senhoras com quem simpatizava, que costumavam, de tempos em tempos, passear pela Corte; mas com essas crianças, por algum motivo incógnito, nunca tivera autorização para brincar. As aias, com um ar severo, repetiam-lhe que uma menina tão nobre como ela não se devia misturar com aquelas crianças.

Continuação em A Filha do Rei II.

sábado, 10 de setembro de 2011

Christina Aguilera: Soar


When they push, when they pull, tell me: can you hold on?
When they say you should change, can you lift your head high and stay strong?
Will you give up, give in, when your heart is crying out that it is wrong?
Will you love you for you in the end of it all?

In life there is going to be times when you are feeling low
And in your mind insecurity seems to take control.
We start to look outside oursevles for acceptance and approval.
We keep forgetting that the one thing we should know is

Do not be scared to fly alone,
Find a path that is your own!
Love will open every door,
It is in your hands, the world is yours.
Do not hold back and always know
That all the answers will unfold.
What are you waiting for?
Spread your wings and soar!

The boy who wonders is he good enough for them
Keeps trying to please them all, but he just nevers seems to fit in.
Then there is the girl who thinks she will never ever be good enough for him:
Keeps trying to change and that is a game she will never win.

In the mirror is where she comes face to face with her fears:
Her own reflection, now foreign to her after all these years.
All of her life she has tried to be something beside herself,
Now time has passed and she has ended up someone else with regret.

What is it in us that makes us feel the need of keep pretending?
Got to let ourselves be.

domingo, 19 de junho de 2011

Igreja Católica: a assassina do amor, da tolerância e do respeito

«¿Sabe lo que no es normal? ¿Usted quiere que le diga lo que no es normal? No es normal pensar que hacer el amor es pecado. No es normal pensar que Dios no quiere a las lesbianas y los homosexuales. No es normal que la iglesia oculte abusos de niños. Ni que los sacerdotes no se puedan casar. No es normal la riqueza del Vaticano, ni los anillos, ni el oro, ni el dinero tirado en campañas de publicidad y todo ese beato absurdo mientras 30 millones de personas se contagian de Sida en África por no usar preservativo. Señores, Dios no hizo con dos brazos, y con dos piernas. Y también nos hizo con la capacidad de amar, de querernos, de tocarnos, de sentir con la yema de los dedos un pulso acelerado por la excitación. Y eso, señores, eso... eso no puede ser pecado.»

sábado, 18 de junho de 2011

Christina Aguilera: Can't Hold Us Down

Eu não sou feminista, mas sou contra o machismo - e, neste sentido, esta música é excelente.


«So why am I not supposed to have an opinion? Should I be quiet just because I am a woman?
Call me a bitch because I speak what is on my mind: guess it is easier for you to swallow if I sat and smiled?
When a female fires back, suddenly, big talker do not know how to act! So, he does what any little boy will do: making up a few false rumors or two.
That for sure is not a man to me: slandering names for popularity.
It is sad you only get your fame through controversy, but now it is time for me to come and give you more to say.
This is for my girls all around the world who have come across a man who does not respect your worth, thinking all women should be seen, not heard. So: what do we do, girls? Shout louder! Letting them know we are going to stand our ground. Lift your hands high and wave them proud, take a deep breath and say it loud:
- Never can! Never will! Cannot hold us down! Nobody can hold us down! (...) Never can! Never will!
So why am I not supposed to say what I am saying? Are you offended by the message I am bringing?
Call me whatever because your words do not mean a thing: guess you ain't even a man enough to handle what I sing?
If you look back in history it is a common double standard of society: the guy gets all the glory, the more he can score; while the girl can do the same and yet you call her a whore.
I do not understand why it is okay: the guy can get away with it and the girl gets named.
All my ladies, come together and make a change: start a new beginning for us! Everybody sing! (...)
Here is something I just cannot understand: if the guy have three girls, then he is the man -  he can either give us some head, sex her off, ...; if the girl does the same, then she is a whore.
But the table is about to turn! (...)
To all my girls with a man who is trying to mack: (...) you need to let him know that his game is whack. (...)
You are just a little boy: think you are so cute, so coy... You must talk so big to make up for smaller things! (...)»

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

o desalento total

Estava sentado num banco de jardim e a chuva confundia-se com as minhas lágrimas. Eu era apenas mais uma criança no mundo, infeliz com a vida que levava. Esperava agora um pouco de paz que pudesse acalmar a minha alma triste e ansiosa.
Eu via o mundo à minha maneira: solitário, infeliz e perigoso.
E interrogava-me o porquê da minha existência. E foi então que surgiu uma voz vinda do nada, sussurrando aos meus ouvidos, como se fosse um segredo ou um desabafo. A resposta foi tão directa e arriscada que me pôs a pensar durante prolongados minutos.
Após o pensamento tão impuro e intolerante, o vazio apoderou-se de mim, uma mágoa destruía a pouco e pouco o meu coração, era difícil de explicar.
Eu estava sozinho, sem ninguém, no mundo inventado, no mundo onde sabia que nunca poderia ser feliz, tentando viver das ilusões e das lembranças da minha memória.
As pessoas que gostavam de mim, essas estão longe e, por mais que tente esquecê-las, elas assombram-me todos os dias como fantasmas e demónios.
A minha vontade era de me querer suicidar, eu considerava-me um desconhecido, vendo que a morte a única solução para acabar com o meu sofrimento.
Só uma pessoa me conseguia compreender: era Deus - parece que existia, embora não tivesse provas para acreditar na sua existência.
Este "Deus", alma divina, talvez fosse apenas e só um anjo criado por mim, para ter pena, que surgia à minha frente para me dar conforto, para me dar conselhos; estes, por mais que fossem verdadeiros, eram rejeitados pela minha teimosia, como se estes me fossem prejudiciais. Mas também só podia confiar, porque Ele tinha experiência de vida e sabia o que estava realmente a dizer, procurando o meu bem.
No Universo, onde ele supostamente vivia, o mundo era muito diferente do meu. Era um mundo fantasioso, com base em contos de fadas. Este era o mundo que eu idealizava para mim, sabendo que não existia.
Este indivíduo representava uma força irresistível contra um obstáculo imemorável. Esse obstáculo era a minha teimosia, que me impedia de guiar para o caminho mais correcto e verdadeiro.
Naquele momento cheguei à conclusão que se Deus pode tudo e tem poderes para isso, eu também posso - não sou diferente, não sou excepção, embora seja uma simples criança à procura de harmonia e felicidade.
 Ruben Zacarias



Satisfeitos, idiotas? É isto que vocês fazem alguém sentir, quando o excluem, quando com ele gozam, quando lhe apontam o dedo, sem lhe darem a oportunidade de estar sequer correcto.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

intelectualmente livre

O mais importante de tudo: ser intelectualmente livre. Há alguma coisa melhor?
Emília Infante. 

E agora pergunto-me eu: conseguirão, alguma vez, os argumentos mais fortes ser capazes de instruir as pessoas disto, a ponto de aceitar quem é diferente e intelectualmente livre, deixando estes de ser uma minoria?

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

retornar à rotina

Este Verão vou ler carradas de livros, vou fazer exercício físico, vou limpar a casa com frequência, vou rever música, vou aprender guitarra, vou escrever no blogue, vou ler todos os blogues pendentes que tenho nos marcadores e vou ficar orgulhosa por isto. Vou, ainda, dar muito amor à minha avó, a pessoa que mais o merece. Talvez desta vez possa dizer que tive umas férias à maneira!

Falta uma semana para voltar à rotina e o que fiz? Dediquei-me a ser estranha de novo, a escrever ocasionalmente, a sonhar com música, a mergulhar nuns oito livros, à vontade, e a aborrecer-me comigo mesma. Aprendi a guitarra, sim, e debrucei-me em lágrimas pela perda da minha base, através de um internamento de meses da minha avó.
Rico Verão. O que vale é que ainda fui à praia ver o mar algumas vezes e a literatura não me abandonou por completo...

Ao menos livrei-me de bocas e insultos durante três meses e tive tempo para reflectir e pensar, algo que anseio por fazer constantemente. Esperemos que este ano ouça menos Olha ali aquela miúda, que horror! e Já viste a forma como se veste?, acompanhados de olhares que me tentam intimidar, só porque sou individual em tudo o que faço, até na forma como me visto, e tenho orgulho em ser quem sou. Quando irão perceber que os verdadeiros ridículos, a meus olhos, são vocês?