Quando fez dez anos que derrubaram
O muro que dividia o mundo,
Um mundo antes repartido
Por interesses desiguais,
Tantos e tantos comemoraram
Pois o "muro da vergonha"
Agora não existiria mais.
E então não existe mais vergonha?
Enfim aprenderam a repartir as flores?
O sorriso já não morre nas crianças?
O sangue corre apenas pelas veias?
Já extraíram da política a peçonha? (...)
Os oceanos não se encontram mais doentes? (...)
E então?
E tantos comemoraram
A queda de um muro a mais,
Mas tantos nem se lembraram
Que dividindo este mundo
Ainda há tantos muros iguais.
Francisco Simões
3 comentários:
Por vezes, nem é uma visão tão universal assim. Por vezes, nós mesmos criamos nossos próprios muros em nossas rotinas.
Os muros são mentais...
Pois conheço quem, supostamente, vive em muros, mas é extremamente livre, pois tem uma mente indomável...
Tu sabes quem é ;)
Christian V. Louis: É precisamente por haver muitos indivíduos a construírem muros neles próprios que os muros físicos são construídos.
H. Santos: :$
Se os muros não fossem mentais, não eram construídos. ;)
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