Estrelas brilhantes, caídas do céu,
Pousam nos meus olhos, fazendo-me réu.
Escrava da azul neve, nas pálpebras o Mundo
Se quebra, pestanejando, pedaços de segundo.
Pudera eu, Mãe Natureza, tua filha não ser,
Para em surreal rosa o meu toque te envolver
E, sem promiscuidade, me declarar amante
Desse teu orgulhoso cabelo de diamante!
Pudera eu, Mãe Natureza... Eu, assim, queria
Cheirar-te o rosto, maquilhado de alegria,
Morder-te o nariz, soprar-te ao pescoço,
Fazer-te sentir o meu próprio alvoroço.
Assim eu quisera, Mãe Natureza,
Amar-te a ti, pela tua singular beleza,
Envolver o teu perdão e esquecer a tua vingança
Pelos ventos dos quais sou responsável de mudança.
Assim eu pudera...
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