(A. Geadão)
O sonho é um acessório que o Homem traz consigo quase sempre no bolso, para o caso de sentir sede, pelo excesso de realidade consumida.
De facto, o Homem (perdoem-me a generalização, mas a minha imaginação não consegue esboçar quantidades significativas de oposição) sente-se constantemente forçado a encaixar numa sociedade, cuja construção não foi obra sua. Por mais que se tente adaptar, há sempre sentimentos recalcados, resultantes do seu inútil (mas frequente) conformismo. Por isso, sonha. Sonha nas pausas de trabalho, sonha no trabalho pausado. Quase involuntariamente, vê as pessoas que não o observam a amá-lo, mas vê também as bofetadas que a moral o impediu de dar. Então, é despertado pelo barulho que vem de fora (e o ruído interior silencia-se).
É, porém, nestes sonhos que encontra motivos para sorrir. Ele bem tenta (ah! Se tenta!) persuadir os outros de que as cores que a imaginação e o desejo em simultâneo pintam lhes são realidades fictícias. Os outros, contudo, ficam tão persuadidos como ele próprio, porque, afinal, ninguém sabe um dos mandamentos que a natureza humana ordena: o orgulho consegue ter mais força do que a verdade. Se alguém não sonhasse, por que diria que alcançou os seus objetivos? E por que se deprimem os que nada fazem? A frustração e o sucesso são, então, o resultado da tentativa de aplicação do quê? A expectativa e o sonho são irmãos gémeos, cujas divergências raramente se descobrem.
Que todo o ser humano sonha, já todos, assim, sabemos. Que o sonho comanda a vida, aí já nem todos o admitimos.
De facto, o Homem (perdoem-me a generalização, mas a minha imaginação não consegue esboçar quantidades significativas de oposição) sente-se constantemente forçado a encaixar numa sociedade, cuja construção não foi obra sua. Por mais que se tente adaptar, há sempre sentimentos recalcados, resultantes do seu inútil (mas frequente) conformismo. Por isso, sonha. Sonha nas pausas de trabalho, sonha no trabalho pausado. Quase involuntariamente, vê as pessoas que não o observam a amá-lo, mas vê também as bofetadas que a moral o impediu de dar. Então, é despertado pelo barulho que vem de fora (e o ruído interior silencia-se).
É, porém, nestes sonhos que encontra motivos para sorrir. Ele bem tenta (ah! Se tenta!) persuadir os outros de que as cores que a imaginação e o desejo em simultâneo pintam lhes são realidades fictícias. Os outros, contudo, ficam tão persuadidos como ele próprio, porque, afinal, ninguém sabe um dos mandamentos que a natureza humana ordena: o orgulho consegue ter mais força do que a verdade. Se alguém não sonhasse, por que diria que alcançou os seus objetivos? E por que se deprimem os que nada fazem? A frustração e o sucesso são, então, o resultado da tentativa de aplicação do quê? A expectativa e o sonho são irmãos gémeos, cujas divergências raramente se descobrem.
Que todo o ser humano sonha, já todos, assim, sabemos. Que o sonho comanda a vida, aí já nem todos o admitimos.
4 comentários:
Quem não admite que o sonho comanda a vida!!?
Anda tudo louco xD
H. Santos: Infelizmente, muita gente. Quase todos dizem ter os pés bem assentes na terra e que sonhar é para as crianças. Mentira.
Quem raio é que não admite que o sonho comanda a vida? É como admitir que não somos humanos.
Este teu texto fez-me lembrar uma frase do Steve Jobs que dizia "because the ones who are crazy enough to think that they can change the world, are the ones who do"
Victória J. Esseker: Verdade! :D
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