sexta-feira, 4 de novembro de 2011

sei sem saber

Amo-te como o rio que não corre deliberadamente pelas colinas.
Amo-te sem te sentir, sem te conhecer.
Sei-te, não te sabendo, sem padrão ou vontade expressada.
Expresso-me não o sabendo.
Sabendo que te amo, amo-te sem o saber.
E deixo que o rio corra pelas colinas, sem haver movimento na minha ação.
Ou como este vento que fica retido em mim, sem vez alguma parar.
E quero-te, em corpo pensado. Em pensamento que a tua presença não me traz. Presença física, definem os propositadamente padrões estipulados, que alterna com esta presença ausente. Presença que não consigo saber, nem escolher. Porque nem o desejo, não sabendo qual a melhor.
Porque o rio corre, mas não deliberadamente. Porque não o precisa.

1 comentário:

H. Santos disse...

Perfeito, simplesmente xD