sexta-feira, 30 de setembro de 2011

bem paradoxal

Pele suave, aspereza delicada.
Dos seus lábios me vejo enamorada.
Encontro-me então densamente sentida
Por firmeza de amor sedento de vida.

O sussurro do afeto marcado
Pela proteção leal
Entranha-se, assim, preocupado
Com o paradoxo do mal.

O segredo da cautela
Enraizado pelo risco
Desperta para a sentinela
A inconsciência a que não resisto.

As asas, porém, com o anjo
Não partem. Não.
Elas limparam de mim
Toda a preocupação;

E assim me deixo
Pelo vento levar,
Em deliberado eixo,
Para no meu rumo voar.

6 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns , muito bonito centrado , principalmente o ultimo verso.

Anónimo disse...

Antonio Miranda: Obrigada! :D

H. Santos disse...

"Pequena"

Unknown disse...

Belo poema, admiro muito quem tem o dom para poetizar. Eu não o tenho nem um pouco.
É muito interessante o trecho em que cita sobre a cautela, o risco enraizado, como se o anjo estivesse inseguro e não quem escreve a ele.

Riga/V-1-Boy disse...

tens mais jeito para a poesia que eu.lol

Anónimo disse...

Christian V. Louis: Bem, é mais ou menos isso, anda lá perto. Tanto o sujeito poético como o seu amado têm a certeza do que sentem e do que querem, mas o primeiro arrisca mais, enquanto que o segundo prefere ser mais cauteloso e sensato.