quarta-feira, 28 de julho de 2010

possessão indomável

Perdoa-me a cobardia.

Tive medo, muito medo: medo de me arrepender, medo de o magoar, medo de arriscar... Fui cobarde e não consegui enfrentar-me. Desejei, desejei muito, mas na prática fali. Eu queria apenas um momento de prazer, uma instância, e depois desaparecer sem deixar rasto... Ama-me e esquece-me.
Um fogo invade-me da cabeça aos pés, dando-me arrepios, vontade de o esgravatar, de perder-me ali, naquele momento, e suores frios percorrem os meus poros, enquanto perco as forças rapidamente, de forma cada vez mais progressiva. Desejo ser racional em todos os meus passos, mas esse mesmo fogo impede-me de controlar o subconsciente que vive dentro de mim e não consigo lutar contra isso... perco-me cada vez mais, vou até ao fundo, descontrolo-me totalmente, mas saber que isso me dá prazer faz-me sentir fora de mim!
Eu sei que ele é louco por mim, a minha razão diz-mo, mas às vezes desejava não ter razão. De certa forma, põe-me fora de mim, possuindo-me de forma indomável.

Agora que já não tenho medo de o magoar, agora que já não tenho medo de arriscar, sou livre e isso faz-me feliz!
Agora quem vai viver sou eu. Chega de medos e imprecisões: é a minha vez de ser feliz!

1 comentário:

Sílvia disse...

E não deixes ninguém parar-te, nem mesmo tu própria!
;)