As mulheres portuguesas, de um modo geral, têm muitas características em comum, devido às semelhanças na forma como foram educadas.
De facto, Portugal é, enquanto Nação, muito influenciado pelo romantismo, o que se reflecte numa população muito típica. As mulheres são o melhor exemplo disso: a maioria tem dificuldade em ganhar espírito crítico e realista, tendo como principais características o pessimismo, o orgulho e o autoritarismo. Por estas palavras, espero conseguir passar a imagem da mulher que, por iniciativa própria, deseja trabalhar, de forma a tornar-se materialmente independente, mas que, no entanto, não quer abdicar da gestão do seu lar, tendendo a ser muito possessiva também nas questões conjugais: quer controlar o seu parceiro e sofre de ciúmes muitas vezes exagerados, infundados e irracionais, achando que deve ela ser a principal prioridade dos que a rodeiam. Esta mulher tende, ainda, a ser mesquinha, pois, na busca desenfreada e teimosa do poder, preocupa-se mais com os fins do que com os meios, sendo, muitas vezes, capaz de tudo para obter o que quer, mesmo que isso implique ser injusta.
Este estereótipo é, também, caracterizado pela atitude precipitada e agressiva, que impede que a mulher seja algo mais que emocional e sentimental, fazendo-a agir sem razão e de forma impulsiva e arrogante, como é tão frequente, orgulhando-se dos seus defeitos e sobrevalorizando-se por este seu espírito tão irracional, achando que todas as outras mulheres deveriam agir da mesma forma (desde que não seja contra si), o que a torna numa romântica devota.
Contudo, há outro tipo de mulher portuguesa do século XXI, também bastante (embora não tanto) popular, que difere nalguns aspecto do exposto: é a mulher medrosa e simpática. Esta mulher tende a ser muito bondosa, excessivamente bondosa. É que esta mulher, sendo também romântica, também se guia pelo sentimento e, desejando a alegria dos outros, chega a ser demasiado optimista e amável; é a mulher que receia dizer a verdade se esta não for doce nem carinhosa e que, por isso, prefere deixar tudo como está e viver na ilusão de que a felicidade e a maldade podem coexistir, pelo medo que têm em fazer acções relevante e de maior risco, impacto e importância, ocorrendo, novamente, na irracionalidade e no irrealismo.
Há, no entanto, uma diversidade vasta de mulheres portuguesas que não se adequam a qualquer dos modelos apresentados - mas essas são de uma complexidade tão específica e duma variedade tal que tentar descrevê-las ou caracterizá-las tornar-se-ia inútil e insuficiente.
Em suma, podemos observar em Portugal dois tipos de mulher, que, embora não sejam um estereótipo adoptado por todas as mulheres e embora a velocidade a que as excepções se acumulam seja progressiva, ainda caracterizam a mulher portuguesa como tipicamente romântica; são eles: a mulher possessiva, pessimista, orgulhosa e mesquinha, e a mulher querida, simpática, amável, frágil e medricas.