sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Green Day: Paper Lanterns


Now I rest my head from such an endless dreary time,
A time of hopes and happiness, that had you on my mind.
Those days are gone and now it seems as if I'll get some rest,
But now and then I'll see you again and it puts my heart to the test.



So when are all my problems going to end?
I'm understanding now that we are only friends.
To this day I'm asking why I still think about you.



As the days go on I wonder: will this ever end?
I find it hard to keep control when you're with your boyfriend.
I do not mind if all I am is just a friend to you,
But all I want to know right now is if you think about me too.

o virar de uma página

Ontem decidi fazer algo que já há muito planeava: desprender-me de redes sociais.
Tinha contas em MySpace, Hi5, iLike, YouTube, letras.mus.br... e, é claro, no blogger; mas, afinal, de que me servia isso?
Para partilhar fotografias e receber comentários? Isso não é algo que me entretenha.
Para partilhar música? Há formas mais naturais de o fazer.
Para manter o contacto com pessoas que me estão fisicamente distantes? Bem... essa seria uma boa razão, isto se as pessoas que me estão distantes o estivessem apenas fisicamente. Além disso, no final todos nós partimos e nos separamos, fazendo parte apenas de boas ou más memórias, ou caímos no esquecimento.

Assim sendo, resolvi eliminar todas, à excepção do YouTube, pois tenho lá contactos com os quais mantenho conversas bastante interessantes para mim, e do blogue, sendo este o único que realmente preciso; mas entre quase 1800 eliminações apáticas de contactos, um reteu-me. Não queria eliminar a única forma de comunicação que ainda tínhamos, iria perder-te para sempre...
Basta!, pensei. Já te tinha perdido antes, embora nunca nisso tenha acreditado realmente. Tu não irias dar pela minha falta, pois durante todo este tempo não te incomodaste em perguntar por mim.

Estarias apenas a adiar o momento em que matarias as saudades? Não sei. Talvez quando decidires fazê-lo, isto se alguma vez o quiseres fazer, seja tarde de mais. Cansei-me de esperar. Agora espero, muito sinceramente, que sejas muito feliz... embora eu não esteja mais por perto para me certificar disso. Fartei-me de parar a minha vida para esperar pela tua, embora sem ela a minha não faça sentido.

desespero irracional


Estou sinceramente farta, cansada de tudo isto!
Farta de andar com o pensamento às voltas, para em nada resultar. Não me adianta de nada pensar, de menos me adianta falar, pois nunca mais poderei agir! Então, para quê pensar? Engano-me a mim mesma, engano os que me rodeiam, fazendo-os enganar a si próprios e os que os rodeiam... Mas que merda é esta?!

Estou farta do meu ser moribundo, que por esse mundo fora vagueia, sem crer realmente na ambição de um destino. De outras vezes, me perguntaram se não tinha sonhos. Realmente, não. Não sei sonhar, nem gosto! Quando digo que sonho desempenhar uma certa profissão, limito-me a revelar aquilo que decidi fazer, já que cá estou; no entanto, estou certa de isso não ser algo que me realize e me faça encontrar a felicidade máxima, o por mim tão cobiçado estado de nirvana. Em suma, não considero que seja isso que me complete. Há um espaço vazio em mim que me incomoda: não é que isso me atormente, mas não gosto de assumir que não tenho sonhos nem esperanças mais fortes do que o meu próprio ser, o meu próprio senso de disciplina.
Não te peço para me amares, sequer! Também não peço para seres meu guardião! Mas, sinceramente, custa-te muito manteres-te a mim conectado? Custa-te muito deixares-me ser feliz, quando, para isso, apenas preciso de te ver feliz? Eu só te peço para não me deixares! Achas justo deixar-me? Não, porque tu és egoísta e nem sequer nisso pensas! Tu não te importas. Tu não queres saber. Talvez nem noção tenhas disso e porquê? Porque nem sequer te dás ao trabalho de pensar nisto.
 
Embora eu costume armar-me em racional e fria e dizer que pessoas vão, pessoas vêm, ninguém realmente fica... custa-me dizer o mesmo desta vez... porque, mais do que uma pessoa vulgar ou um amigo querido, és tu.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

o homem dos bolos I

Agora que o seu dia de trabalho tinha acabado, Elle acendera a lareira e puxara um dos cadeirões vermelho-escarlate para perto da mesma, sentando-se com conforto. Em cima da mesa baixa, estava uma caneca cheia de leite que, a julgar pelas bolhas de ar na superfície e pela falta de memória de o ter aquecido, deveria ter acabado de ser forçado a sair do pacote mal aberto tirado do frigorífico. Na caixa de palmiers, havia um espaço vazio,  o que indicava que aquilo deveria ter sido o lanche inacabado de Fred.
- Ele não se deve importar que eu o termine.
O leite estava, de facto, frio, o que não era agradável no Inverno; mas aqueles biscoitos estavam especialmente cuidados. Estavam rígidos e apetecivelmente quebráveis.
- Crocantes!
Eram bastante melhores do que quaisquer outros que tivesse anteriormente provado. Estavam duros o suficiente para não se desfazerem ao toque e não mostravam muita resistência ao trincar.
- Curioso...
Nem com a mão pareciam ceder.
- Talvez sejam feitos especialmente para os meus lábios - um riso sarcástico escapou-lhe, como se ela própria achasse a ideia ridícula. A verdade é que eram diferentes noutros pontos: o mel não se pegava aos dedos, mas havia abundância ao saboreá-lo. O açúcar, porém, parecia estar em bolas ou aos bocados, tais como suspiros, aqueles pequenos bolos brancos que parecem de chantilli, mas ao trincar são autênticas pedras que se desmancham em grãos de areia... No entanto, este açúcar tinha a particularidade de não se desfazer ou esmigalhar - Grande cozinheiro esse. Tem os meus parabéns.
Resolveu dar um golo. Embora achasse que lhe iriam doer as gengivas, o leite não a incomodou minimamente.

tira os olhos da cara

Algumas vezes, algumas frases provocam em mim gargalhadas estridentes.


O que é que o caixote está a fazer no meio do lixo? - Gonçalo Costa

Tenho dentes desdentados. - Cármen Veloso

Mom... C'mon, I'm five years old, okay? I know what I'm doing! - Shane Dawson


Se eu te fiz vir com um dedo, imagina com dois. - Miguel Martins

A Dama é o Rei vestido de mulher. - Bruno Simões

O Zacarias é um galão! - Gonçalo Cordeiro


I'm gonna babar-me boé and drown everybody with my own baba! - Alexandre Pacheco

Gosto tanto de falar comigo mesma... temos tanto em comum! - Daniela Ventura


O gajo vira-se de frente, tira os olhos da cara e fico mesmo tipo... oh! - Diana Arquissandás

moribunda

Conteúdo para Adultos


Na rua há um túnel e nesse túnel há um sofá. O meu tronco sente-se recostado nesse sofá sem fundo. O meu braço esquerdo descansa sobre a minha perna esquerda, pendurada no braço do sofá, enquanto que o meu braço direito, mole, prepara-se para se deslocar do ombro e cair no chão, assim como a minha perna direita, que pousa sobre cimento. Dois olhos escuros absorvem todas as cores e transformam-nas em dor, enquanto que o meu nariz se entope com o meu próprio mau cheiro. Os meus lábios cansaram-se de tentar fechar e a minha garganta espera secar.
- O que aconteceu?
As pessoas são estúpidas, ignorantes, idiotas. Óbvio que o meu cérebro sofreu de sobrecarga e explodiu, deixando-me nesta apatia. Não se preocupem, simplesmente fartei-me da dor e da coragem, do problema e da procura da solução. O meu coração bate lentamente... e eu pergunto-me: para quê continuar?
Vai-te embora, sentimento! Não te quero, felicidade, não suporto ilusões e traições! Simplesmente deixem-me morrer para num canto.
Deixem-me em paz!


 

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

linguagem criminosa

Conteúdo para Adultos



O que é isto, afinal?!

Engano.

- O que estás aqui a fazer?!
- Vim buscar o meu leitor de música.
- Vai mas é deitar-te...


Bola de neve.

- Que fazes acordada a estas horas?
Vou destruir tudo isto ao auto-destruir-me, mas isso não me importa.
O coração tenta libertar-se da caixa torácica, esse monte de ossos conservadores e repugnantes como um ditador europeu do século XX. Sê livre, rapaz, sê feliz. Não deixes que alguém te pare, que te impeça.
BUM! Acabou-se a inocência com uma explosão do músculo sentimental.

My voice just echoes off these walls...

- Ah! Ah! Ah! Ah! É realmente engraçado.


Mentira.

- Vou só à casa-de-banho.
Pum, pum. Pum, pum. Pum, pum.
- O que é que isto está a fazer aqui ligado a esta hora?!
Oh, por favor, só espero que ele não ligue o monitor. Nervos. Espero que não me chames de amor agora, nem que... Proximidade. Medo.
I'm suffering... abuse... violence... stand it... Formalidade de texto desconhecida:
- É vírus, de certeza. Devo ter desligado isto mal.
Eu tento enganá-lo, mas estou a enganar-me a mim própria. Sei perfeitamente que não o desliguei, mas também perdi o intervalo de tempo entre a minha fuga e o aparecimento daquela sinistra mensagem.
- Não, isto não é um assédio, avô. - semicerro os olhos e sei que isso dar-lhe-ia a entender que estou quase tão perplexa e confusa como ele, se fosse inteligente e observador; mas, no fundo, tenho a certeza de ter de pagar por tudo, por ter começado a enrolá-lo. Já não há o que perder. - E este abuse parece referir-se a maus tratos. Estranho...

Para uma mente bem organizada, a morte é apenas a próxima aventura.

Sombras. Não sei o que se passou a seguir. Morta, pesada, fria. Os olhos esbugalham-se e revoltam-se, abandonando o seu lugar, mantendo-se feios e salientes, deixando o meu rosto em tons de lilás. Psicadélica. Sinto-me suja e isso dá-me prazer. Sou um monstro devorador de sentimentos. Trapaceio a minha sombra e faço malabarismo com corações. Não é algo divertido e agradável?

Death in its most hideous form.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

protecção de animais

Há não muito tempo, contactaram-me para visitar e, se possível, divulgar um blogue intitulado Apoio e defesa dos animais. A administradora do blogue pediu, no entanto, desculpas por enviar mensagem hi5, pois, tal como eu, detestava fazer publicidade e passar mensagens corrente. As intenções deste blogue cativaram a minha atenção: é um blogue que se dedica a salvar animais, recolhendo-os tal como um centro de adopção virtual.
Aproveito, assim, a oportunidade de ter um blogue para contribuir para uma causa que hoje em dia é esquecida e rejeitada pela maioria, mas que, no entanto, ainda tem algumas sombras de esperança por uma caridade e consciência mais solidária.

Aqui está o link para o blogue mencionado: Apoio e defesa dos animais. Agora ignorem-no e contribuam para um mundo em decadência.


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

sonho real

Hoje sonhei e impressionei-me. Nesse mesmo sonho, mostrei-me mais perspicaz e perigosa do que julgava realmente ser. Porém, apesar de desenrascada, senti uma vez mais o sabor do medo... e descobri o quão parecida sou a quem me criou: quando o medo e o pânico me sufocam, apenas uma onda de raiva transparece e flutua à superfície. Talvez seja por isso que apenas eu realmente o compreenda e acredite que mais ninguém me compreenda, pois ninguém parece ser observador e perspicaz o suficiente para entender-me: recuso a dar definições de mim mesma, não sou algo fixo e material a esse ponto!

Afinal, um sonho tem a capacidade de nos despertar para a realidade.






Engraçada a forma como escolhi esta imagem e só no fim me apercebi da sua semelhança com aquela que dirige o título do blogue.

perigosa

Vejo como uma águia.
Ouço como um lince.
Sou leal como um cão.
Energética como um macaco.
Astuta como uma raposa.
Tenho coragem, força e nada me derrubará, porque, acima de tudo, sou INDOMÁVEL!

Vejo. Ouço. Sou. Tenho.

Chama-me leoa!

Com a minha ninhada ninguém se mete.